O Aquário do Betta: Dicas e Cuidados
É comum vermos bettas em pequenos copos com água ou minúsculos aquários chamados de beteiras. No entanto, é importante entender que o betta não vive bem nesses ambientes; ele apenas sobrevive porque possui a capacidade de retirar oxigênio da superfície da água. Para o seu bom desenvolvimento, o betta precisa de aquários de no mínimo 18 litros, com boa filtragem e aquecedor.
Ambiente Ideal
O betta prefere viver sozinho, mas pode ser mantido em aquários comunitários, desde que esses tenham as condições ideais. Tanques muito altos não são recomendados, pois o betta precisa subir à superfície para respirar, e em um tanque alto, ele pode acabar se afogando. Apesar de ser um peixe de briga, o betta sofre com suas longas nadadeiras, pois outros peixes podem mordiscá-las. O betta só é agressivo com machos da mesma espécie; com outros peixes, seu comportamento é tímido e pacífico. As fêmeas se dão melhor em aquários comunitários, pois não têm nadadeiras tão longas e conseguem se locomover melhor.
Um betta bem cuidado pode viver anos em seu aquário. Prefira aquários com no máximo 30 cm de altura e com plantas que cheguem à superfície, ajudando o betta a respirar. Os bettas não conseguem viver em aquários com bombas ou filtros fortes, pois suas nadadeiras longas os impedem de nadar contra a correnteza por muito tempo. Uma solução é utilizar um filtro pequeno direcionado para o vidro do aquário para diminuir a correnteza. Recomenda-se ligar o filtro apenas 10 horas por dia e realizar trocas parciais de 10% da água semanalmente.
Alimentação
Os bettas aceitam bem rações industrializadas de qualidade, mas preferem alimentos vivos como artêmias e larvas de mosquito. Como esses alimentos podem ser difíceis de encontrar, uma ração de qualidade que contenha todos os nutrientes necessários é suficiente para garantir uma vida longa e saudável ao betta.
Reprodução
O macho constrói um ninho de bolhas na superfície ou nas laterais do aquário. Durante esse período, a fêmea deve ficar olhando para o macho para estimular a ovulação e a construção do ninho. É importante que o macho seja maior que a fêmea para facilitar o “abraço nupcial”. Ambos devem ser ativos, agressivos, apresentar cores vivas e responder prontamente ao serem alimentados. Próximo ao acasalamento, a fêmea deve ter a cavidade celomática levemente abaulada, com listras verticais nítidas e um pequeno ponto branco no orifício anal, indicando o aparelho ovopositor. Após esse período, solte a fêmea. Se houver muitas brigas, prenda-a novamente e tente mais tarde. Se o macho aceitar a fêmea, ocorre o abraço nupcial, no qual a fêmea libera os ovos e o macho os fecunda, levando-os ao ninho de bolhas. Algumas fêmeas ajudam nessa tarefa, mas a maioria se afasta do ninho, momento em que deve ser retirada do aquário.
Eclosão
O macho deve revirar o ninho constantemente para aumentar o aporte de oxigênio e prevenir infestação por fungos. Entre 24 e 48 horas após a desova, as larvas eclodem. Durante aproximadamente três dias, elas se alimentam exclusivamente do saco vitelino, ficando penduradas no ninho, na parede do aquário ou nas plantas. Após quatro dias, os alevinos precisam de alimento. Costumo alimentar com gema de ovo bem cozida no primeiro mês de vida. Após esse período, podemos oferecer ração industrializada bem moída.
Tipos de Bettas
O Betta splendens é atualmente a espécie mais comum do gênero. A partir da variedade selvagem, foram desenvolvidas várias linhagens por melhoramento genético, diferenciadas pela coloração (vermelhas, amarelas, pretas e três tonalidades de azul: metálico, royal e esverdeado) e pelo formato das nadadeiras (cauda redonda, cauda-de-véu, cauda-dupla, cauda super delta, crowntail e halfmoon).
Cuide bem do seu betta e ele proporcionará um espetáculo de beleza e comportamento em seu aquário. Compartilhe suas experiências nos comentários e siga-nos no Instagram e no nosso canal do YouTube para mais dicas e novidades!