Aquarista Responsável, a questão moral…?

Aquarista Responsável, a questão moral...?

Aquarista Responsável, a questão moral…?

  • Cada espécie aquática possui um conjunto específico de requisitos

  • – como tamanho mínimo do aquário, companheiros compatíveis, parâmetros da água e nutrição – que garantem seu bem-estar em cativeiro, sem comprometer sua qualidade de vida.
  • Para cada espécie de peixe, há protocolos estabelecidos para o desenvolvimento de programas de reprodução comercial ou coleta controlada, visando garantir a sustentabilidade da indústria do aquarismo sem prejudicar as populações selvagens a longo prazo.
  • O aquarismo responsável envolve a busca, aprendizado e promoção das melhores práticas relacionadas a esses requisitos e procedimentos. Dessa forma, tanto os entusiastas amadores quanto os profissionais do hobby podem desfrutar de seu passatempo sem comprometer o bem-estar de seus animais de estimação ou o equilíbrio do ecossistema.IntroduçãoNo cenário multifacetado do aquarismo, uma questão moral inquietante surge: estaremos nós, aquaristas, agindo corretamente perante a ética? Será que já nos deparamos com essa indagação? E, se sim, estamos preparados para defender nossa posição? Esse é um tema complexo, permeado por influências culturais, religiosas e familiares, que demanda reflexão individual.Ao redor do mundo, encontramos uma variedade de perspectivas, desde aqueles indiferentes ao bem-estar dos peixes, pois “afinal, são apenas peixes”, até os que elevam qualquer criatura a um status divino, negando ao homem o direito de decidir sobre suas vidas. Entre esses extremos, há um vasto espectro de posicionamentos morais possíveis. No entanto, muitos formam suas opiniões sem embasamento, guiados por mitos ou concepções equivocadas.Neste artigo, compartilharei minha visão sobre o assunto, alinhada com o aquarismo responsável e consciente proposto neste espaço. Além disso, buscarei oferecer elementos objetivos para sua reflexão e tomada de decisão.Criação versus CapturaPara abordar o primeiro dilema, é crucial reconhecer a grande disparidade entre peixes criados em cativeiro e aqueles capturados na natureza, uma distinção muitas vezes negligenciada nas lojas de aquarismo. Os peixes criados em cativeiro têm tanto vínculo com a natureza quanto o frango ou o boi consumidos em nossas refeições diárias. Eles são criados com o propósito específico de serem comercializados para proporcionar satisfação aos seus futuros proprietários, gerando receita para criadores e comerciantes. Esses peixes devem ser equiparados aos cães e gatos domésticos, com a vantagem de que sua criação em cativeiro não impacta negativamente a natureza.Felizmente, no aquarismo de água doce, muitas espécies comumente encontradas em lojas são criadas em larga escala, permitindo aos aquaristas desfrutar do hobby sem contribuir para a exploração da natureza. No entanto, no caso do aquarismo marinho, a maioria das espécies ainda é capturada na natureza, exigindo maior conscientização e responsabilidade por parte dos aquaristas.Liberdade e Felicidade

    Outro equívoco comum é atribuir aos animais nossos próprios valores e expectativas humanas, um fenômeno conhecido como “antropomorfismo”. Precisamos evitar projetar nossas concepções de felicidade nos animais, reconhecendo que suas expectativas são muito menos complexas do que as nossas. Devemos avaliar o bem-estar dos peixes com base em suas necessidades naturais, como alimentação adequada, saúde, interação social e ambiente propício ao desenvolvimento.

    Ao refletir sobre essas questões, mantenho a convicção de que meus aquários proporcionam um ambiente adequado aos peixes e reconheço o papel dos aquaristas responsáveis na promoção do desenvolvimento sustentável do hobby. É fundamental que cultivemos essa preocupação diariamente, garantindo o bem-estar de nossos peixes e contribuindo para o avanço ético do aquarismo.

    Texto inspirado no artigo de Marcus ávila – Antigo site da Era de  Aquários ao qual fui membro ativo e que foi minha base há 15 anos átras.

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